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Veja como o excesso de gordura corporal impacta na saúde hormonal

Foto do escritor: Dra Maria Amélia BogéaDra Maria Amélia Bogéa

Atualizado: 22 de nov. de 2022


A Associação Médica Americana (AMA) votou em 2013 para reconhecer a obesidade como uma doença. A AMA defendeu a sua ação como forma para conferir legitimidade à condição, permitindo uma maior atenção e melhor tratamento. Seja uma condição que leva à doença ou uma doença em si, há um forte consenso mundial de que a obesidade é pandêmica e precisa ser tratada e, mais importante, evitada (especialmente em crianças) devido ao seu significativo potencial para comorbidades, mortalidade e custos atrelados ao seu tratamento.

Avaliação do índice de massa corporal

Embora existam diversos métodos precisos para medir a quantidade e localização do tecido adiposo no corpo e a massa muscular .

O índice de massa corporal (IMC) é mais comumente usado por conta de sua simplicidade porém muitas vezes não retrata a realidade do paciente .Indivíduos com grande quantidade de massa muscular podem ter o mesmo (IMC) devido às variantes utilizadas para seu cálculo .

O IMC é calculado dividindo o peso corporal em quilogramas pela altura em metros quadrados. Um IMC de >30 kg/m2 é considerado obeso (grau 1), com obesidade mórbida definida pelo IMC de 35 a <40 kg/m2 (grau 2) e >40 kg/m2 (grau 3), respectivamente.

Causas da obesidade

A obesidade é considerada amplamente evitável e causada principalmente pelo chamado ambiente obesogênico, como a exposição a alimentos altamente processados e ricos em calorias, sedentarismo e fatores genéticos.

Efeitos metabólicos da obesidade

Muitas doenças e condições crônicas são causadas diretamente ou afetadas negativamente pela obesidade. Estas incluem diabetes mellitus (particularmente tipo 2), cânceres cardiovasculares, hipertensão e osteoartrite. A síndrome metabólica, dislipidemia, resistência à insulina e adiposidade central, também estão fortemente associadas à obesidade.

O estresse oxidativo e a inflamação crônica são as principais causas de resistência à insulina. Além disso, há impactos hormonais, como redução de testosterona e produção de adipocinas pró-inflamatórias pelo tecido adiposo, como fator de necrose tumoral-alfa (TNF-alfa) e interleucina-6 (IL-6), que por sua vez, aumentam a resistência à insulina e a inflamação, gerando um ciclo.

Tratamento

Para resolução e melhora de quadros de obesidade, é necessário entender sua importância e gravidade. Além disso, é necessária uma mudança comportamental para manutenção do emagrecimento saudável no longo prazo. Sendo assim, faz-se necessário o acompanhamento com equipe multidisciplinar formada por médico, nutricionista, profissional de educação física e psicólogo.

Desta forma, é necessário elaborar planejamentos que respeitem a individualidade, busquem modificações dietéticas que promovam saciedade e perda de peso dentro de um tempo adequado, além de exercícios físicos que não provoquem lesões e contribuam para o processo. Além disso, o acompanhamento e monitoramento médico é necessário para avaliar se existem outras intervenções que podem ser aplicadas.

Referências:

MELDRUM, D. R., Morris, M. A., & Gambone, J. C. (2017). Obesity pandemic: causes, consequences, and solutions—but do we have the will? Fertility and Sterility, 107(4), 833–839. doi:10.1016/j.fertnstert.2017.02.104.


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