A obesidade, além de ser uma doença por si só, é considerada fator de risco para o desenvolvimento ou agravamento de outras doenças crônicas. Esse excesso de peso tem causa multifatorial e envolve: qualidade da dieta, nível de atividade física, fatores socioeconômicos e culturais.
O excesso de tecido adiposo gera uma cascata de alterações no sistema imunológico, causando uma inflação crônica, que provoca aumento nos níveis de glicemia, de triacilglicerídeos e acúmulo de radicais livres, prejudicando assim o funcionamento de órgãos e tecidos. Para minimizar esse estado inflamatório, o uso de antioxidantes pode ser indicado.
A melatonina, um hormônio sintetizado pela glândula pineal - muito conhecido por suas influências na qualidade do sono - apresenta efeitos promissores como adjunto no tratamento da obesidade justamente por ter a capacidade de minimizar essa inflamação agindo das seguintes formas: neutralizando radicais livres; inibindo a atividade de enzimas inflamatórias; estimulando a atividade de enzimas anti-inflamatórias e reduzindo o estresse oxidativo. Os ovos e peixes são alimentos ricos em melatonina e podem fazer parte de uma dieta saudável.
O uso de melatonina associada a uma dieta hipocalórica tem a capacidade de promover maior perda de peso do que a dieta hipocalórica utilizada de maneira isolada. Isso pode estar associado a melhoria do padrão de sono, regulação do apetite e redução da resistência à insulina.
Entretanto, o uso da suplementação de maneira isolada não traz esses benefícios. A melatonina auxilia no processo de emagrecimento apenas se estiver associada a uma dieta hipocalórica. A prática de atividades físicas e a regulação do padrão de sono também devem fazer parte desse tratamento.
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