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Foto do escritorDra Maria Amélia Bogéa

Tromboembolismo venoso X Doença de Cushing e suas relações

Atualizado: 22 de nov. de 2022


DEFINIÇÃO

Para adentrarmos melhor no tema primeiro vamos falar um pouco sobre cada patologia trazendo suas definições:


O TROMBOEMBOLISMO VENOSO

Acontece quando um coágulo se forma na circulação sanguínea, prejudicando o fluxo de sangue nas veias pelo organismo.


HIPERCORTISOLISMO

Também chamada síndrome de Cushing ou doença de Cushing, é uma alteração hormonal caracterizada pelo aumento dos níveis do hormônio cortisol no sangue, o que leva ao aparecimento de alguns sintomas característicos da doença como rápido aumento de peso e acúmulo de gordura na região abdominal e face, além do desenvolvimento de estrias vermelhas no corpo e pele oleosa com tendência à acne.


DOENÇA TROMBOEMBÓLICA E HIPERCORTISOLISMO – ENTENDA A RELAÇÃO!


Tromboembolismo venoso (TEV) é o termo empregado para designar a combinação de duas doenças, a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP). A trombose venosa profunda é uma doença causada pela formação de coágulos no interior das veias profundas, geralmente nos membros inferiores. E embolia pulmonar é a obstrução das artérias do pulmão causada pela formação de coágulos (trombo).


No hipercortisolismo, suas outras etiologias possuem em comum a hiperprodução crônica de cortisol, sendo, por isso, chamada de SC endógena. Também chamado de hipercortisolismo, o excesso de cortisol pode ser gerado por diferentes mecanismos patológicos que estejam atuando em qualquer um dos elementos que compõem o ciclo de produção do cortisol ou até mesmo por elementos que estão fora dele, como no caso da secreção ectópica do ACTH por diferentes tumores, sendo mais comum no carcinoma pulmonar de células pequenas.


Pelas manifestações clínicas no hipercortisolismo onde algumas delas são: hipertensão arterial sistêmica (HAS) (a HAS ocorre devido a diferentes mecanismos onde primeiramente, haverá aumento do volume plasmático em virtude da retenção renal aumentada de sódio e, consequentemente, de água), edema periférico, disfunção endotelial (aumentará a resistência vascular periférica e o débito cardíaco), dislipidemia, maior resistência à insulina, fraqueza muscular, imunossupressão, dentre outras, são fatores de risco que levam a predisposição à doença tromboembólica que acontece quando um coágulo se forma na circulação sanguínea, prejudicando o fluxo de sangue nas veias pelo organismo, essa doença é muito comum e, quando não tratada corretamente, pode se agravar e até levar à morte. Ele atinge uma pessoa a cada mil por ano e é uma das principais causas de óbitos no mundo.


Referência: DAMASCENO, Sérgio A. FREITAS, Eduarda P. P.; SILVA, Janaína M.; PEREIRA, Tassiana M. A et al. Doença de Cushing: Revisão Integrativa. Revista de Saúde. Vol 10. 2 ed; 76-81, 2019.


RIZZATTI, Edgar Gil; FRANCO, Rendrik F. Tratamento do tromboembolismo venoso. Medicina (Ribeirao Preto), v. 34, n. 3/4, p. 269-275, 2001.


FRANCO, Rafael de Melo et al. Profilaxia para tromboembolismo venoso em um hospital de ensino. Jornal Vascular Brasileiro, v. 5, p. 131-138, 2006.

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