Segundo o Ministério da Saúde, até o mês de maio, mais de 16 milhões de pessoas foram diagnosticadas com Covid-19. Além das complicações respiratórias agudas, a infecção por esse vírus pode gerar diversos sintomas tardios ou a longo prazo, tais como: fadiga, dor de cabeça e queda de cabelo.
Essa queda de cabelo que ocorre entre três e seis meses após um evento estressante é chamada de eflúvio telógeno. No caso do Covid-19, além do estresse físico gerado pela própria infecção, há também um estresse psicossocial, que pode intensificar a queda de cabelo.
O tratamento do eflúvio telógeno envolve reconhecer e remover o agente estressor desencadeante. No caso da COVID-19, na maioria das vezes, quando aparece esse sintoma, já não há mais o agente desencadeante. Portanto, não há tratamento específico para a queda de cabelo pós-covid-19.
Até o momento, não há evidências fortes apontando a eficácia de um medicamento específico para tratar esse sintoma. Se houver deficiência de alguma vitamina ou mineral, será necessário fazer ajustes na dieta ou até mesmo introduzir uma suplementação específica. É essencial entender que essa queda cessará e o cabelo voltará a crescer naturalmente, mas pode demorar mais de um ano para que ele volte a ter a espessura normal.
FAGAN, N.; Shedding light on therapeutics in alopecia and their relevance to COVID-19. Clinics in dermatology. 2020. 39(1), 76–83. https://doi.org/10.1016/j.clindermatol.2020.12.015
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