O emagrecimento é um processo árduo, especialmente se entendermos que a obesidade não é uma condição determinada exclusivamente pela vontade do indivíduo, mas sim por variáveis internas que mudam o funcionamento do metabolismo e interferem nos hábitos do doente. Diante disso, alguns medicamentos surgiram para atuar como coadjuvantes no tratamento da obesidade, seja reduzindo a fome, atuando no sistema nervoso central, seja atuando diretamente em órgãos relacionados à nutrição.
O orlistat é um exemplo de medicamento cujo mecanismo de ação está relacionado com a redução da absorção de nutrientes no trato gastrointestinal. Trata-se de um derivado da lista tina endógena, que atua de modo a inibir reversivelmente as lipases gástricas e pancreáticas por meio da ligação ( reversível) aos sítios ativos dessas enzimas. Por conseguinte, a hidrólise dos triglicerídios é reduzida, bem como a sua absorção. A taxa de inibição do processo abortivo com o uso da dosagem recomendada é de aproximadamente 30%. Uma vez interrompido esse processo, parte das calorias provenientes das gorduras passam a não compor o cálculo final, facilitando, desse modo, um déficit calórico mais substancial.
A atuação desse medicamento não é sistêmica e ocorre principalmente no intestino delgado. Ademais, após a sua atuação, cerca de 95% desse medicamento não é absorvido, mas sim eliminado nas fezes.
O efeito colateral mais recorrente é a esteatorréia, ou seja, a presença excessiva de gordura nas fezes. Também pode acontecer diarreia, dor abdominal e fissuras anais. Em razão disso, é recomendado aos que farão uso desse medicamento, é recomendada uma dieta hipocondríaca com baixas quantidades de gordura. Sendo assim, de nada adianta fazer o uso o orlistat sem a mudança dos hábitos alimentares.
Outros efeitos adversos resultantes, por exemplo, da diminuição da absorção de algumas vitaminas, também podem ocorrer. Além disso, há contraindicação para alguns grupos, como hipertensos e pessoas com má absorção crônica, sendo essencial a consulta com um médico de confiança antes de iniciar o tratamento.
Referências:
BANSAL, Agam . Orlistat. Virginia Commonwealth University, 2020. 11 p. Disponível em:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK542202/#_NBK542202_pubdet_. Acesso em: 17 out. 2021
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