A obesidade é uma doença crônica, multifatorial e complexa, pode ser atribuída a fatores genéticos, mas os fatores mais importantes são os fatores ambiental e comportamental, onde se estabelece um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto de energia. Atualmente, há muitas formas de auxiliar o emagrecimento, e uma delas é a terapia medicamentosa, muitas pessoas preferem usar fármacos que reduzam o apetite, com a esperança de perder peso rapidamente e sem muitos sacrifícios.
A obesidade é definida como um aumento na composição da gordura corporal, este aumento conduz a um aumento do peso, e não somente do tecido adiposo. É considerada a doença metabólica mais prevalente no mundo ocidental, e está associada às alterações que constituem a síndrome metabólica.
Como um fator de risco, a obesidade pode levar ao desenvolvimento e progressão de diversas doenças, diminuindo a expectativa de vida em indivíduos obesos e piorando a qualidade de vida, pois influencia diretamente nas atividades diárias do indivíduo, autoestima, mobilidade, relações sociais, trabalhistas e sexuais.
As principais ferramentas terapêuticas disponíveis para combater a obesidade são o tratamento dietético, base indispensável da terapia, a educação e a alteração no comportamento, assim como o aumento da atividade física, e em muitos casos, a terapia medicamentosa.
Como já mencionado, atualmente, existem muitos métodos para perder peso, desde “dieta milagrosas” até remédios naturais para queimar o excesso de gordura. Mas a maior parte é ineficaz a longo prazo, pois podem causar o chamado “efeito sanfona” ou efeito rebote. A principal chave para perder peso é uma dieta saudável e exercício físico de forma sustentável. Porém, uma parcela considerável de indivíduos e sofrem de obesidade que não conseguem perder peso somente com uma dieta saudável e exercício físico, e por isso, precisam de ajuda medicamentosa.
Mas isso é errado? De jeito nenhum, mas é muito importante lembrar que esses medicamentos devem ser prescritos por um médico, e quando de fato há indicação para isso. O perigo é realizar a automedicação desses fármacos, sem acompanhamento nenhum. Outro fato muito importante a ser mencionado é que o uso de medicamentos não anula ou substitui a necessidade de mudança nos hábitos de vida saudáveis.
Muitas pessoas conseguem perder muito peso tomando medicamentos inibidores de apetite, mas além de não ser uma regra, a maioria também recupera peso quando para de tomar medicamentos, a não ser que tenha feito mudanças duradouras no seu estilo de vida.
Esses remédios podem produzir efeitos colaterais perigosos; podem ser altamente prejudiciais, porque sem supervisão podem causar a aceleração do risco cardíaco, aumento da pressão arterial, risco cardiovascular, fadiga e até glaucoma. Além de também influenciar o trânsito intestinal, especialmente se você sofre de constipação. A diarreia também pode ser um efeito adverso caso o consumo seja alto e a ingestão de água não for suficiente.
Por isso, é fundamental procurar um médico para avaliar se há indicação para o uso de medicamentos e fazer a terapia adequada para você!
Referências:
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LIMA, RAFHAELA RIBEIRO; JÚNIOR, Paulo Cilas Morais Lyra. A INFLUÊNCIA DA MÍDIA SOBRE OS MEDICAMENTOS PARA EMAGRECER. 2020.
DE OLIVEIRA MARQUES, Danielle; QUINTILIO, Maria Salete Vaceli. FARMACOLOGIA DA OBESIDADE E RISCOS DAS DROGAS PARA EMAGRECER. Revista Coleta Científica, v. 5, n. 9, p. 38-49, 2021.
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