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Foto do escritorDra Maria Amélia Bogéa

Descubra as contraindicações da reposição hormonal em mulheres

Atualizado: 20 de fev. de 2023


A menopausa é, por definição, o período menstrual final resultante da diminuição acentuada na produção de estrogênio ovariano confirmada por 12 meses de amenorréia. Com ela, vem os baixos níveis de estrogênio que muitas vezes desencadeiam incômodos sintomas vasomotores sistêmicos e suores noturnos. Ao longo do tempo, igualmente sintomas locais incômodos de atrofia vulvovaginal e dispareunia e outros sintomas urogenitais, também denominados síndrome geniturinária da menopausa, acometem a mulher.


A reposição hormonal é indicada para mulheres principalmente em 4 circunstâncias, sendo elas: na presença de sintomas vasomotores incômodos, ou seja, as ondas de calor e sudorese noturna, com ou sem despertar; na prevenção da osteoporose e redução de fraturas; na síndrome geniturinária da menopausa; e na insuficiência ovariana prematura e menopausa natural precoce.


Da mesma forma que a reposição hormonal pode trazer vários benefícios para a saúde da mulher, seu uso também está relacionado a alguns efeitos colaterais já discutidos na literatura, como um risco aumentado de câncer de mama, infarto do miocárdio, doença cerebrovascular e doença tromboembólica.


Por outro lado, estudos também apontam as contra indicações da reposição hormonal em mulheres na menopausa. De modo geral, a terapia de reposição não deve ser utilizada em casos de: sangramento vaginal anormal não diagnosticado; insuficiência ou doença hepática conhecida; câncer de mama ou endométrio sensível ao estrogênio; história pessoal de doença tromboembólica, como a trombose venosa profunda ou tromboembolismo pulmonar; alto risco hereditário de doença tromboembólica como proteína C conhecida, proteína S ou deficiência de antitrombina; doença tromboembólica ativa ou história, como acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, doença cardíaca coronária, demência/doença de Alzheimer, porfiria cutânea tardia e hipertrigliceridemia; doenças coronariana e cerebrovascular; e lúpus eritematoso sistêmico.


Outrossim, a literatura também mostra que deve-se ter cautela em mulheres com doença da vesícula biliar, diabetes, hipoparatireoidismo (pelo risco de hipocalcemia), meningioma benigno, risco intermediário ou alto de câncer de mama, alto risco de doença cardíaca e enxaqueca com aura.


Por fim, é importante ressaltar que as contraindicações para a reposição são para casos específicos, além de que são relativas à análise individualizada de cada pessoa, podendo, mesmo em situações de contraindicação, ser utilizada de acordo com o juízo clínico e as singularidades de cada caso.



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Belém G. L. S., et. al.. Benefícios Da Terapia Hormonal No Climatério. Revista Eletrônica Acervo Saúde, Vol. 11, nº 4, Jan. 2019, p. e244, doi: 10.25248/reas.e244.2019.


Paciuc, John. “Hormone Therapy in Menopause.” Advances in experimental medicine and biology vol. 1242 (2020): 89-120. doi: 10.1007/978-3-030-38474-6_6

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