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Alterações hormonais podem ser a causa de acne

  • Foto do escritor: Dra Maria Amélia Bogéa
    Dra Maria Amélia Bogéa
  • 17 de dez. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 22 de nov. de 2022


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As glândulas sebáceas, como muitas outras partes da pele, possuem receptores que são influenciados pelos hormônios sexuais. Essas glândulas são afetadas pelos andrógenos, que são hormônios sexuais masculinos como a testosterona, mas que também estão presentes em ambos os sexos. Quando há mais andrógenos ligando-se aos receptores nas glândulas sebáceas, mais sebo é produzido. Isso pode levar a uma pele visivelmente mais oleosa e pode evoluir para acne.


As glândulas sebáceas produzem e secretam o sebo. Devido à elevação da produção hormonal no período da puberdade, as glândulas sebáceas aumentam de tamanho e começam a secretar sebo e consequentemente acarreta no aparecimento da acne.


A produção de sebo pode mudar ao longo do ciclo menstrual. Flutuações naturais do estrogênio ao longo do ciclo menstrual podem afetar a pele. Além dos impactos dos hormônios na pele, muitos outros fatores desempenham um papel nos níveis de sebo, como a genética, mudanças no clima e até mesmo a alimentação.


O padrão alimentar ocidental é caracterizado por um elevado consumo de açúcares simples e uma proporção inadequada de ácidos graxos poliinsaturados ômega-6 e ômega-3.


Alimentos com elevada quantidade de açúcar e baixa quantidade de fibras elevam rapidamente os níveis de glicose e insulina no sangue, estimulando, por meio de fatores intracelulares a exacerbação da produção sebácea. Além disso, a proporção inadequada de ômega-6, que é pró-inflamatório, e ômega-3, que tem ação anti-inflamatória, caracteriza-se pelo aumento da inflamação no organismo.


Diante disto, é importante adotar um padrão alimentar rico em fibras que estão presentes em frutas, verduras, legumes e cereais integrais. Também, deve-se elevar o consumo de alimentos ricos em ômega-3, como os peixes de águas frias, e reduzir a ingestão de alimentos com elevada concentração de açúcar, como chocolate, balas e doces. Referências bibliográficas:

Thiboutot D. Acne: hormonal concepts and therapy. Clin Dermatol. 2004 Sep-Oct;22(5):419-28.

Comin, A. F. ; Santos, Z. E. de A. Relação entre carga glicêmica da dieta e acne. Scientia Medica, v. 21, n. 1, p. 37-43, Porto Alegre, 2011.

Costa, A.; Lage, D.; Moisés, T. A. Acne and diet: truth or myth?. Anais Brasileiros Dermatologia, v.85, n.3, p.346-353, 2010.

Fielder, T.; Stang, G. I.l; Fiedler, E.; Taube, K. M.. Acne and Nutrition: A Systematic Review. Acta Dermato Venereologica: v.97, p.7–9, 2017.

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